“Mulheres e igualdade de gênero” parece um assunto grandioso, né? Aquele papo de ONU, relatórios e coisas que a gente acha que só rolam em conferências importantes. Mas, na real, a luta por igualdade está no pequeno: na divisão das tarefas em casa, na conversa sobre salário no trabalho e até na forma como a gente se posiciona.
O machismo que a gente nem percebe mais
Já reparou como tem coisa que parece “normal”, mas é só o machismo mascarado de costume? Quando alguém solta um “nossa, você dirige bem… pra mulher” ou quando te perguntam “mas quem fica com as crianças enquanto você trabalha tanto?” A igualdade de gênero começa nesse incômodo que dá vontade de gritar “ué, e por que isso ainda é assunto?”.
E o pior é quando isso acontece dentro de casa. A tal “jornada dupla” é uma realidade pra maioria das mulheres. Trabalhar fora, voltar e lidar com a casa e os filhos como se fosse obrigação exclusiva. Dá pra ver que a igualdade de gênero tá longe até no lar, né?
A questão é que muitas vezes esse machismo vem tão disfarçado que a gente se acostuma. Como naquelas situações em que a mulher se sente na obrigação de “agradecer” por algo que deveria ser natural, tipo o parceiro trocar a fralda de um bebê ou levar o lixo pra fora. Não deveria ser assim.
Dividindo a vida e as tarefas
“Ah, mas ele ajuda bastante.” Essa frase dói de ouvir. Ajuda ou faz a parte dele? Quando a gente fala em igualdade, estamos pedindo parceria, não favor. Um levantamento da ONU Mulheres mostrou que as mulheres dedicam, em média, 3x mais horas às tarefas domésticas do que os homens. Não tem feminismo que resista a uma pia cheia de louça que só você vê.
Então, talvez seja o caso de sentar e conversar. Colocar tudo na balança e ver o que é justo. Afinal, não existe igualdade de gênero sem igualdade dentro de casa.
E tem um detalhe: muitas mulheres acabam se sabotando, achando que precisam “dar conta de tudo”. Mas não é vergonha admitir que não dá, que precisa de ajuda ou que quer dividir responsabilidades. Isso também faz parte da luta pela igualdade.
No trabalho, o buraco é mais embaixo
E no trabalho? A coisa é mais gritante ainda. Você sabia que, no Brasil, as mulheres ganham cerca de 22% a menos que os homens fazendo o mesmo trabalho? (dados do IBGE). Não é “achismo” ou “mimimi”. É uma realidade.
E não para por aí: chega a ser bizarro ver que, enquanto as mulheres lideram em escolaridade e qualificações, ocupam menos cargos de liderança. O famoso “teto de vidro” aparece pra lembrar que a igualdade de gênero é um sonho distante em muitas empresas.
Mas dá pra fazer barulho. Pedir aumento, exigir reconhecimento e ser honesta sobre seus limites. Ah, e quando uma mulher brilha no trabalho, ela abre caminho pra outras. Um ato de coragem hoje pode transformar o cenário amanhã.
Outra dica que funciona é criar redes de apoio no trabalho. Um grupo de mulheres que se ajudam, compartilham experiências e brigam juntas por mudanças faz toda a diferença.
Igualdade de gênero: – Como educar as próximas gerações
Igualdade de gênero começa na infância, quando ensinamos nossos filhos que não existe “coisa de menino” e “coisa de menina”. Um garoto que vê o pai lavando a louça e a mãe dividindo decisões financeiras cresce com outra visão de mundo.
E, olha, não tem mágica. É no dia a dia, mesmo. Uma boneca pro menino, um carrinho pra menina, e muitos papos sobre respeito. Crianças percebem tudo, e o exemplo vale mais do que qualquer discurso bonito.
A educação também pode vir da cultura. Livros, filmes e histórias que mostram mulheres fortes e homens sensíveis ajudam a quebrar os padrões. E, claro, ouvir o que as crianças têm a dizer. Elas questionam muito mais do que imaginamos, e é aí que mora a chance de plantar boas ideias.
Transformando a realidade uma conversa por vez
Pode parecer cansativo sempre trazer o assunto à tona, mas como é que as coisas vão mudar se a gente ficar quieta? Falar de igualdade de gênero no grupo de amigas, na reunião de família e até no trabalho é uma forma de plantar sementinhas.
Dicas práticas? Claro que sim!
- Começar a dividir melhor as tarefas de casa;
- Negociar responsabilidades financeiras e emocionais com o parceiro;
- Conversar com as crianças sobre papéis de gênero;
- Exigir mudanças no trabalho, como políticas de equidade salarial.
E tem um mundo de referências por aí. A ONU Mulheres, por exemplo, traz dados incríveis e sugestões de como participar da mudança. Dá uma olhada no site oficial deles: www.unwomen.org.
No fim, a luta pela igualdade de gênero não é sobre odiar os homens ou viver de cobranças. É sobre construir um mundo mais justo, em que todos possam ser livres para viver sem os limites que a sociedade insiste em impor. E se a gente continuar insistindo, dá pra acreditar que esse mundo não tá tão longe assim.
Caminhos da Igualdade de gênero
Nada acontece do nada ou do dia para a noite. Iguadade passa pelo empoderamento feminino, decisões da mulher no planejamento familiar e as próprias iniciativas da mulher que buscam independência através de empreender.
Psicóloga e Especialista em Relacionamentos
- Educação: Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Pós-graduação em Terapia de Casais e Famílias.
- Experiência: Mais de 12 anos de atuação como psicóloga com foco em relacionamentos, ajudando casais e indivíduos a fortalecerem vínculos afetivos e lidarem com desafios emocionais.
- Contribuições: Autora de artigos em revistas de psicologia e lifestyle, palestrante em eventos de desenvolvimento pessoal, e criadora do workshop “Relacionamento Saudável”.
